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Foto: Village Copier
ALEKSANDR PÚCHKIN
( RÚSSIA )
Evguiêni Oniéguin
Aleksandr Serguêievitch Púchkin (em russo: Алекса́ндр Серге́евич Пу́шкин; Moscou, 26 de maio/ 6 de junho de 1799 — São Petersburgo, 29 de janeiro/ 10 de fevereiro de 1837) foi um poeta, escritor e dramaturgo russo da Era Romântica.
É considerado o maior poeta russo e o fundador da moderna literatura russa. Nascido na nobreza russa, seu pai, Serguei Lvovitch Púchkin, pertencia a uma antiga e nobre família. Seu bisavô materno era o general de brigada Abram Petrovitch Gannibal, nobre de origem africana sequestrado em sua terra natal e criado na corte da imperatriz como seu afilhado. Púchkin foi pioneiro no uso do discurso vernacular em seus poemas e peças teatrais, criando um estilo de narrativa que misturava drama, romance e sátira associada com a literatura russa, influenciando fortemente desde então os escritores russos seguintes. Ele também escreveu ficção histórica. Sua Marie: Uma História de Amor Russa fornece uma visão da Rússia durante o reinado da imperatriz Catarina II.
Entre as suas obras mais conhecidas encontram-se O prisioneiro do Cáucaso, A filha do capitão, 'Eugene Onegin, A história da revolta de Purgatief, O Cavaleiro de Bronze e Dama de Espadas, que inspirou a ópera homônima de Tchaikovski. Escreveu poemas, novelas e peças teatrais.
PÚCHKIN, Aleksandr Púchcin - Tradução do russo, apresentação e notas de Rubens Figueiredo. São Paulo:
Penguin-Companhia das Letras, 2023.
ISBN 978-85-8285-158-6 304 p.
Exemplar da biblioteca de Salomão Sousa.
TEXTO EM RUSSO
TEXTO EM PORTUGUÊS
I
“Meu tio, de elevados preceitos,
Ao cair com grave enfermidade,
De todos cobrou muito respeito.
Uma excelente ideia, é verdade.
Seu exemplo é ciência de vida.
Mas, meu Deus, que lição aborrecida:
Noite e dia, a um doente grudado,
Sem poder dar um passo para o lado!
Que cilada astuta, que baixeza,
Manter um moribundo entretido
E seu travesseiro bem fornido,
Servir seu remédio com tristeza,
Dar suspiros e pensar, no fundo:
Que o diabo o leve logo do mundo!”
II
Assim pensava um jovem leviano,
Na poeira da sua carruagem,
Pela graça de Zeus soberano,
Herdeiro de toda sua linhagem.
Amigos de Ruslan e Ludmila!*
Eis meu herói: quem o Vê se admira.
Desde já, sem rodeios, nem estalo,
Permitam-me agora apresentá-lo.
Nasceu às margens do rio Nievá.**
Quem sabe o leitor nasceu por lá,
Onde foi pessoa renomada?
Um dia andei ali eu também.
Mas o ar do norte não me fez bem.
III
Após bem servir o soberano,
Seu pai só vivia endividado.
Dava três bailes todo ano,
Por fim acabou arruinado.
Oniéguin teve ajuda do destino:
Uma francesa educou o menino,
Depois um monsieur a substituiu.
O garoto era levado, mas gentil.
Monsieur L´Abbé, francês sem recursos,
Para poupar o aluno da dor,
Tudo ensinava com bom humor,
Evitava sermões e discursos.
Doce era sua repreensão,
Passeando no Jardim de Verão. ***
*
Título do primeiro poema de Púchkin (1820). Inspirado em histórias
folclóricas, é um poema narrativo, asem seis cantos.
** Rio que atravessa São Petersburgo.
*** O mais antigo jardim público de São Petersburgo, fundado em
1704, à beira do Nievá, com chafarizes e estátuas.
*Importante para o leitor. Acima apenas a apresentação...
No livro aparecem poemas narrativos até a página 301.
***Outros poeta http://www.antoniomiranda.com.br/poesiamundialportugues/poesiamundialportugues.html
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